domingo, 11 de novembro de 2012

Sorriso de Conceição.

No dia 08 de novembro, no Café Avenida, cidade de São Tomé, dei um abraço forte na minha amiga São Lima.

Noticiar um abraço é vital para os dias de hoje, em que apenas se noticiam tragédias, anunciadas ou não, e os jornais só dão desgosto... ou acendem o gosto pelo supérfluo como forma de evasão...

O nosso abraço seguiu-se de um conversa muito rápida, pois a poetisa partiria para o Brasil no dia seguinte, e estava feliz. Ora, São Lima estava feliz, com um sorriso aberto, com seu olhar inconfundível e perscrutador, atento a cada movimento que se seguia no Café. E atenta, ela, à nossa conversa que demorou em média 10 minutos, junto à entrega de uns "Versos" para que eles voassem para o Brasil (mais precisamente, pro Ceará).

Depois do abraço final, de boa viagem, que tudo corra bem por lá, que aqui as coisas fiquem bem também, voltei para casa com a imagem da São na minha cabeça: São sorria, um pouco eufórica, talvez, e sorria grande, sorria de um sorriso que lhe iluminava a cara. Como podem 10 minutos valerem horas de felicidade, horas de deleite? Em meio às dificuldades de São Tomé - por que ambas passamos, cada uma a seu jeito - 10 minutos valem até hoje pra mim, ressoam, ecoam em alegria, por saber que São está no Ceará, revendo amigos antigos, conhecendo pessoas novas, dando a conhecer seus poemas, falando de si, falando de sua terra.

Ousei escrever esse pequeno texto sobre o sorriso da São para transformar a minha sensação, abstraída na volta pra casa naquele dia 8 de novembro, em palavras concretíssimas que embora não expressem um centésimo do que eu carrego comigo, de alguma maneira deixam firmadas as minhas impressões daquele encontro sorridente. Scripta manent.

Voilà!

Para a São Além-Oceano, de mim, que aqui fiquei lembrando-me do seu sorriso.

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