No trabalho que apresentei no Seminário Internacional Francisco José Tenreiro - seminário organizado pela professora da Universidade de Lisboa, a são-tomense Inocência Mata, e que aconteceu na Embaixada do Brasil em São Tomé e Príncipe - usei o termo santomensidade ao falar da poesia de Conceição Lima. O termo foi cunhado pela professora Inocência Mata, em sua dissertação de mestrado, de 1993, "Emergência e existência de uma literatura: o caso santomense", e não, como afirmei enganadamente em nota, pelo Sr. Francisco Costa Alegre, no livro "Santomensidade".
Cara Naduska,
ResponderExcluirCom as minhas entusiásticas felicitações pela iniciativa (que tanta falta faz São Tomé e Príncipe pelo debate cultural, ou apenas literário, que pode suscitar), pretendo afirmar que folgo em saber que houve uma ressalva nesta questão de crédito deste termo. Na verdade, o termo foi primeiramente utilizado por mim na minha dissertação de mestrado publicada em 1993 em "Emergência e Existência de uma Literatura: o Caso Santomense". Voltei a ele em "Diálogo com as Ilhas", de 1998, e uma e outra vez com alguma sistematicidade em vários textos que reuni em "Polifonias Insulares" (2010). E o Pires Laranjeira, da Universidade de Coimbra, refere isso no prefácio que faz a Diálogo (falo da possibilidade de duas formas, são-tomensidade ou santomensidade, consoante se diz são-tomense ou santomense, como se diz em São Tomé e Príncipe, estando, portanto, as duas formas igualmente correctas). Isso, porém, não é referido por Francisco Costa Alegre no seu livro "Santomensidade" (2005) – o que na altura, quando da publicação do livro, lhe disse em e-mail. E também lhe disse que lamentava que eram referidos os nomes, mormente de estudiosos estrangeiros, que o autor considerava terem contribuído para “entender e (…) formular a sociologia santomense como matéria científica” sem, porém, referir o nome da autora que cunhou o termo.
A bem da verdade, dizer-se que Carlos Espírito Santo também propusera o termo santomensilidade, palavra que, porventura devido a alguma falta de lógica na sua formação, não fez história…
Inocência Mata
11 de Julho de 2011
Inocência, fico feliz que esteja lendo o pouco que tenho tentando escrever por aqui, muito embora, devido às circunstâncias, eu não me sinta sempre à vontade para falar mais de experiências... No mais, não sei se tem havido leitores (em teoria, sim, pelo número de visitas ao blog), mas o que eu esperava era mesmo debate, ou opiniões, quaisquer que fossem... Enfim, em princípio, é o que se pode ter. E, enquanto estou aqui, importa que eu escreva. Se eu perder as esperanças, já não valerá mais escrever... nem tampouco estar aqui! O problema dos créditos se estende por muitas mais instâncias... Grandes problemas há com os nossos alunos de monografias de final de curso no que diz respeito a este aspecto. Enfim, o blog fica no ar, e está aqui para ser encontrado por quem procura. Um abraço grande!
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